Olá, sou Bruno Araujo, desenvolvedor especializado no backend.

Geek de nascimento, pai de família e apaixonado por codar.

Desde as nostálgicas aventuras no videogame, o mundo da tecnologia era o meu caminho natural. Nada empolgava mais que ir à banca buscar revistas de informática, recheadas de novidades e demos para tentar a sorte no meu saudoso 486…

Dos tradicionais cursos Windows, Word e Excel até a primeira linha código foi uma longa jornada. Maratonei todo o catálogo oferecido nas escolas (MicroX), incluindo VBs e Delphis da vida, porém apenas no ensino superior entendi algoritmo de fato e rodei meu primeiro Hello World com confiança. Daí pra frente foi só alegria, meu passatempo era adicionar novas siglas na sopa de letras do mundo de desenvolvimento.

Durante a graduação realizei o sonho de trabalhar com games, atuando como programador de jogos mobile. Apesar das limitações técnicas (os apps mais parrudos eram estilo Nintendo 8bits), a experiência foi demais. Mesmo os mais simples dos projetos tinham bugs e desafios sem fim. Só quem atuou num estúdio, sabe o valor de lançar um produto jogável. E, depois de 3 anos incríveis, abandonei o segmento em prol da grana.

Quando criança, ansiava em ter meu próprio dinheiro, pra gastar tudo em jogo e placa de vídeo. Aí a gente cresce e descobre que, quando os boletos vem no seu nome, games ficam pra depois. Sendo assim, migrei para os enterprise systems, sem o glamour dos games e com remuneração maior. Apesar da curva de aprendizado, o mantra “asap e bug fixing” eram iguais, logo o maior desafio foi superar a síndrome impostor.

Só para constar, minha língua materna é Java (não confundir com Javascript). No começo da carreira fui evangelizado pela filosofia open source e Java combinou perfeitamente. Já atuei com outras linguagens, mas os flertes duraram pouco. Num ambiente onde performance > all, língua nativa não tem comparação.

Daqui pra frente foi só farm de dinheiro (literalmente). A essa altura já tinha o kit adulto completo (mulher, casa e filhos) e algum conhecimento sobre gestão financeira. Então bastava garantir a torneira aberta e boa. Só não levei em conta as traquinagens do governo, devorando todo o meu poder de compra…

Entenda, o meu primeiro cliente relevante no mundo enterprise, tratava-se de um ERP Java legado. Relíquias assim geram uma relação de dependência ao ponto que, se o desenvolvedor responsável sair, o sistema morre. Em contrapartida, quanto mais tempo você passa envolvido com antiguidades, mais morto você está para o Mercado. E assim foi, nenhuma poc ou curso online era capaz de compensar o tempo gasto lidando com velharias. Eu estava obsoleto e sem margem de ganho.

Graças a Deus, ainda não tínhamos passado pelo boom de coachs e seniors precoces, então depois de muito treinamento e fé, abandonei os monólitos terrenos e passei a trabalhar na nuvem. O mantra ainda estava lá, mas de forma elegante com microsserviços, assincronismo e deploy automático.

Atualmente continuo nas nuvens, fazendo malabarismo entre trabalho, família e lazer. Numa insana carência por foco, carrego esses pratos, em busca do próximo nível.